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As flexões do ofício


Quando o Pilates pode ser um perigo para o instrutor?

 

Muito tem se falado sobre a diferença entre as vertentes do método Pilates. Hoje temos escolas Clássicas e Contemporâneas, instrutores que ministram aulas seguindo a sequencia do atendimento como Joseph criou e temos instrutores que seguem uma ordem própria. Porém, uma das maiores diferenças entre essas vertentes é a conduta do profissional ao ministrar a aula.

 

Hoje em dia, o modelo usado pela maioria dos Instrutores no Brasil tem uma participação ativa em todos os momentos da aula. Auxiliam em todas as trocas de exercícios, molas, posturas, realiza demonstração de movimentos, enfim, o aluno torna-se dependente do instrutor. Essa característica de atendimento deve-se ao fato que de várias escolas selecionarem cada vez mais o publico alvo. Hoje o Pilates voltado para reabilitação absorveu o comportamento bem conhecido nas clínicas de fisioterapia e antigo ginásio de reabilitação.


Sabemos que Joseph era rígido e exigente, e seu método previa uma metodologia onde a conexão corpo e mente era essencial nas construções das suas aulas. A independência do aluno era visto como etapas vencidas no método. Por esta razão no Pilates clássico o instrutor pouco interfere na aula deixando o comando verbal ser o seu principal condutor.

 

Por que o modelo praticado no Brasil pode ser perigoso para o instrutor?


Há tempos venho fazendo uma análise sobre a postura desses profissionais em aula e constatei que existe um desgaste muito grande do instrutor. A conduta praticada irá trazer consequências drásticas para a sua saúde e seu futuro profissional.
Seguem algumas atitudes lesivas que devem ser revistas por esses profissionais:

 

Constantes flexões de tronco e joelhos

 

A postura do instrutor ao ministrar a aula de MAT Pilates normalmente é em pé. A flexão de tronco e cervical é inevitável. O instrutor demostra os exercícios em pequenas repetições sem aquecimento prévio e alternando a postura de pé para deitado constantemente.

 

As trocas de molas no Reformer.

 

Os Instrutores que manipulam o equipamento em todas as séries e dessa forma curva-se sobrecarregando a lombar ou agacha-se em ponta dos pés sobrecarregando os joelhos. Outro erro grave é o movimento em desvio ulnar/ radial e muitas vezes também com supinação ao tirar os mosquetões na troca de molas.


As trocas de molas na Chair


A maioria das cadeiras o ajuste das molas é posterior, levando o instrutor a agachar-se ou curvar-se. Além de vários exercícios serem executados no solo levando o Instrutor a manter também a flexão de tronco e cervical.

 

Deslocamento da caixa do Reformer


O levantamento de peso inadequado já é um assunto ergonômico bem explorado, mas, mesmo com consciência e feito da forma adequada, o excesso desses movimentos também é prejudicial.

 

Massagens no final da aula


No método original não existe essa conduta. Mas, independente de ser dois ou três minutos ou ser um “carinho” no final da aula como muitos defendem. O importante é fazer um cálculo simples: quantos movimentos repetitivos serão feitos o dia todo com turmas em media com quatro alunos e durante anos de profissão? Será que seu punho e ombro não sofrerão daqui há 10 anos?

 

Concluindo


É necessário uma reflexão urgente pelos profissionais que trabalham com sua própria metodologia ou que seguem esse modelo de conduta. Além de afastar-se muito da forma como são conduzidas as aulas em todos os outros países, esse desgaste corporal vai começar aparecer em poucos anos. Sabemos que a popularidade do método gerou milhares de Studios nos últimos anos, então essa é uma preocupação que esses profissionais não estão atentos ainda.
Nesse momento que o método está perdendo a identidade no Brasil, muitos profissionais estão buscando atualizações e já perceberam que precisam se adequar e ajustar suas condutas no que for possível. A metodologia original do Pilates é segura para o instrutor e o preserva fisicamente. Quando entendemos realmente a proposta do método, melhoramos nossa logística nas aulas e percebemos os benefícios para os praticantes e para nós instrutores.

 

Giovanna Almeida
Fisioterapeuta
Formação em Pilates, Reeducação Postural Global, Pós Graduada em Docência do Ensino Superior e Professora de Ergonomia (ITEBA/2002-2005). Idealizadora dos acessórios Controlmat e Controlpilates. Ministrante no curso de formação completa pela empresa Equipilates

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Pilates, 
mais que um recurso, um método com vida própria.

 

A Contrologia, mundialmente conhecida como Pilates, é um método que se corretamente aplicado trás benefícios para o praticante, seja ele lesionado ou não. Os benefícios são amplos pelo fato de ter em seus princípios condições que geram segurança aos movimentos. Seu repertório se bem executado e da forma como foi orientado pelo criador Joseph Pilates gera uma boa condição física. Para quem estuda o método em sua profundidade, sabe que ele não criou apenas um repertório de exercícios. Em seus livros “Your Health” e "Return to Life Through Contrology”, podemos ver que ele era revolucionário e seu método era uma opção de vida.  Seu trabalho ficou marcado pela esperança de levar ao mundo sua visão de saúde através de seu método e a esperança de mudar a visão das pessoas sobre seu próprio corpo. Podemos falar com certeza que o seu método era uma filosofia de vida.
Bom, poderia terminar esse texto aqui.  A melhor definição do que é o Método Pilates está no parágrafo anterior.  Mas, terei que me estender para que não fique dúvida nas pessoas que pretendem fazer um dia a formação ou não tiveram uma boa formação no método. 


Para ser um profissional do Método, é necessário ter o conhecimento de anatomia, cinesiologia e biomecânica. Um curso de formação em todo o mundo é um curso extenso, pois em sua grade curricular contém as matérias de base e qualquer pessoa pode fazer a formação. No Brasil essa evolução ainda não chegou, vivemos um conflito de interesses e para atuar com o método só os Fisioterapeutas e Educadores físicos estão liberados para fazer a formação, pois tem previamente o conhecimento das matérias citadas. Os bailarinos que foram os precursores ainda enfrentam problemas para atuar no Brasil (deixo em aberto para esclarecimentos nos comentários desse texto). 


A consequência de tudo isso é que surgem no Brasil a cada dia cursos de formações rápidos, cursos de final de semana onde é apresentado o método como uma técnica complementar para recursos de reabilitação ou condicionamento. A Contrologia é muito mais que isso e devemos ter cuidado nas ofertas dessas formações. Os mais antigos cursos, associações e alianças mundiais do método Pilates reconhecem a carga horária mínima de 450 horas para que se tenha uma boa formação. Devemos diferenciar uma Formação do Método Pilates de cursos que se intitulam formação, mas, que apresentam o conteúdo direcionado apenas para uma área específica. 


Outro grande problema e que muitos praticantes estão enganosamente sendo submetidos, é utilizar os equipamentos sem utilizar o método Pilates. Hoje muitas clínicas de fisioterapia optaram por ter os equipamentos substituindo o antigo “ginásio” de cinesioterapia e vendem como Pilates. Não podemos negar que são muito funcionais e que foi um avanço para a reabilitação, porém muitos praticantes não sabem a diferença entre praticar a Contrologia e exercícios funcionais feito nos equipamentos. 


Concluindo


Joseph Pilates não criou um recurso terapêutico, ele criou um método de condicionamento baseado na sua filosofia de vida. Os benefícios são evidentes e podem ser aproveitados em diversas áreas, porém nenhuma profissão pode ter direito sobre ela e nem modifica-la. Acreditamos que em pouco tempo aqui no Brasil todas as obrigações impostas pelas brigas de conselhos serão abolidas, principalmente para quem trabalha com o verdadeiro método Pilates.  A Escolha pela formação deve ser por conhecer, viver e trabalhar com o método Pilates e não apenas aprender a fazer e passar exercícios. A Contrologia é única, completa, tem regras e vida própria.

 

Giovanna Almeida 
Fisioterapeuta, Instrutora de Pilates, Certificada Pilates Method Alliance- PMA-CPT
Formação em Pilates, Reeducação Postural Global, Pós Graduada em Docência do Ensino Superior e Professora de Ergonomia. Idealizadora dos acessórios Controlmat e Controlpilates. Ministrante no curso de formação completa em Pilates pela Equipilates em vários estados do Brasil. 14 anos de experiência no método Pilates.

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Controlmat - A inovação para os atendimentos personalizados


     O mais novo lançamento da empresa Equipilates é um Tatame Funcional. Ele permite uma grande variação de exercícios do Pilates solo e treino funcional, além de ser um ótimo recurso nos atendimentos Home Care. O equipamento pesa em média 10kg e articula permitindo o fácil transporte. Foi idealizado pela Fisioterapeuta Giovanna Almeida em 2015 no intuito de aumentar a resistência  dos exercícios de Mat Pilates. Após observar a praticidade do Controlmat, ela desenvolveu​ junto com a Fisioterapeuta Bárbara Peixoto um e-book  com mais de 100 exercícios que acompanha o equipamento.

 

     O Controlmat acompanha 12 elásticos com tamanhos diferentes, um par de molas, uma cinta funcional, alças de punho e tornozelos, um par de puxadores e um bastão. Esses acessórios permitem a adaptação de vários exercícios que são feitos nos equipamentos tradicionais do Pilates. A grande vantagem é que pode ser utilizado em qualquer ambiente como ao ar livre, domicílios, clubes, academias, clínicas ou em cima de camas rígidas.
O atendimento personalizado ou aulas de Mat Pilates em academias ganham uma ferramenta importante e enriquecedora, pois além de ser versátil, podem ser acrescentados outros acessórios para auxiliar os atendimentos como bolas, travesseiros, steps ou caixas, dessa forma permite atender desde idosos e gestantes até um aluno para condicionamento físico.

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Respiração no Pilates: expiração pelo nariz ou boca?  
A respiração deve ser ajustada pela intensidade e objetivo.


As dúvidas entre os instrutores e praticantes do método Pilates divergem nas orientações sobre a forma correta de orientar a respiração durante os exercícios.
Sabemos que no método Pilates o princípio da respiração é fundamental para a oxigenação e a conexão entre a musculatura profunda e estabilizadora da coluna. Ela também será importante para trabalhar as regiões de hipomobilidade. A coordenação do movimento à respiração é uma das etapas mais difíceis de vencer aos praticantes iniciais na metodologia.
A respiração natural e fisiológica se caracteriza em inspirar e expirar  pelas fossas nasais, funcionando como um “filtro” para que o ar vá para os pulmões.

 

Então porque há tantas dúvidas por onde se devem expirar?

 

Sabemos que durante qualquer exercício que exija força, a intensidade do movimento aumenta o fluxo respiratório proporcionalmente. A resistência à passagem do ar nas fossas nasais aumenta e começamos a respirar pela boca na intensão de exigir menos da musculatura respiratória.

Bom, isso se torna lógico e é dessa forma que é orientado pelas maiorias das escolas: “inspire pelo nariz e expire pela boca”. Também em seu livro, Joseph Pilates orientava que deveríamos expirar até tirar os últimos átomos dos pulmões. Sabemos que nem toda a forma como eram orientados os exercícios e principalmente a respiração devemos seguir. Novos estudos e a ciência, já ajustaram o método em protocolos atuais. 

 

Mas, tem algum erro em expirar pela boca durante os exercícios no Pilates? 

 

Não! 


Mas, será que eu preciso expirar sempre pela boca durante os exercícios?


Essa é a questão. As pessoas expiram pela boca mesmo sem necessidade, pois são orientadas a fazerem desta forma. Devemos analisar todas as situações, um bom instrutor trabalhará com coerência e não usará o mesmo comando para todos os exercícios e nem em todas as intensidades.
Tendo como base que muitos exercícios são brandos, controlados, suaves e pedem uma respiração tranquila e harmoniosa ao movimento, o fluxo respiratório não é intensificado à necessidade de exigir uma expiração forçada pela boca. A expiração mesmo prolongada pelo nariz é eficaz. Vamos lembrar que o quanto mais fisiológico e natural for, menos desconforto para os praticantes será. Mas, se a intensidade aumenta, naturalmente expiramos pela boca. 
Em algumas situações teremos a necessidade de pedir para mudar o padrão respiratório e exigir uma expiração mais intensa e prolongada pela boca, seja para aumentar a conexão com a musculatura profunda quando o praticante tem dificuldades, quanto nas obstruções nasais ou até para quem tem um tórax hiperinsuflado.
O que devemos analisar com cautela, é que uma expiração forçada pela boca em exercícios de baixa intensidade vai causar um gasto energético levando a uma fadiga precoce. É comum os praticantes relatarem cansaço e desconforto na musculatura acessória. Muitos até reclamam de “garganta seca” após uma aula de Pilates.
O mais importante é que a respiração sendo feita pelo nariz ou pela boca, não leve a fadiga e principalmente atinja o objetivo proposto.

 

Giovanna Almeida 
Fisioterapeuta, Instrutora de Pilates, Certificada Pilates Method Alliance- PMA-CPT
Formação em Pilates, Reeducação Postural Global, Pós Graduada em Docência do Ensino Superior e Professora de Ergonomia. Idealizadora dos acessórios Controlmat e Controlpilates. Ministrante no curso de formação completa em Pilates pela Equipilates em vários estados do Brasil. 14 anos de experiência no método Pilates.

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Os Benefícios do Pilates para as Futuras Mamães

 

O Pilates é um método de condicionamento físico que integra o corpo e a mente, ampliando a capacidade de movimentos, aumentando o controle, a força, o equilíbrio muscular e a consciência corporal. Quem pratica o método, percebe o seu corpo com mais coordenação, equilíbrio e flexibilidade. Independente da idade, qualquer pessoa pode ser beneficiada por esse método que melhora a qualidade de vida e oferece resultados rápidos. Tantos benefícios e com poucas restrições, as futuras mamães podem praticar o método sem medo, basta procurar profissionais qualificados. O método é indicado para as mulheres que querem preparar o corpo antes da gravidez, durante a gestação e principalmente após o parto. Para iniciar as aulas com segurança, é recomendado fazer os exames de rotina e liberação da médica Obstetra.


Benefícios

 

  • Atividade de baixo impacto
  • Melhora o alinhamento postural
  • Ativa a circulação sanguínea
  • Fortalecimento de músculos profundos
  • Exercita o assoalho pélvico
  • Mobiliza a coluna, aliviando as dores
  • Melhora a respiração


Dicas importantes para as futuras mamães:

 

  • É importante uma atividade física de baixo impacto durante a gestação. Vai ajudar a controlar o peso e os riscos das complicações obstétricas.
  • Ao praticar Pilates, a gestante melhora sua capacidade física, auto-estima e sua auto-imagem.
  • Os exercícios tranquilos praticados no Pilates ajudam a diminuir a ansiedade e o stress. Promove a sensação de bem estar da futura mamãe e acalmam o bebê.
  • Com a prática do Pilates, a gestante vai se tornar mais flexível e melhorar o alinhamento postural.
  • Os exercícios praticados no Pilates ajudam a fortalecer os músculos mais profundos e exercitar o assoalho pélvico. Isso é importante para segurar o bebê e no pós-parto retornar o assoalho pélvico o mais rápido ao normal.
  • O ponto forte do Pilates para a gestante é a respiração. A respiração ampla e acionando os músculos certos vai ajudar na hora do parto.  
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A Importância da Atividade Física na prevenção da Osteoporose.


 A massa óssea no nosso corpo representa 15% e chega ao auge de maturação entre os 20 e os 25 anos. Mantém-se estável até os 35 anos, mas a partir dessa idade começamos a perdê-la. Isso é uma condição natural do ser humano, porém, há uma doença silenciosa que agrava essa perda e hoje é bem conhecida: a osteoporose.
A osteoporose aparece quando o corpo não possui mais cálcio suficiente para manter a estrutura dos ossos de forma perfeita, com isso os ossos se tornam quebradiços e as fraturas passam a ser uma ameaça real para a vida das pessoas. Uma alimentação adequada e hábitos de vida saudáveis podem reduzir a perda de massa óssea, manter e até mesmo possibilitar seu ganho, diminuindo o risco de fraturas e complicações. A Atividade Física além desses outros fatores, tem seu lugar de destaque nessa prevenção.


Com atividade física regular, você aumenta a força do músculo e dos ossos. Mantém as articulações lubrificadas e aumenta a amplitude dos movimentos. Para isso, deve-se escolher a atividade física mais adequada. A atividade que proporcione treino do equilíbrio, melhora da postura, da estrutura muscular, flexibilidade e da mobilidade, pode evitar o risco de quedas e, consequentemente, as fraturas por fragilidade. A caminhada, a corrida, a musculação, o pilates e a yoga podem amenizar as complicações da osteoporose.


As atividades precisam de um acompanhamento profissional, já que algumas pessoas podem estar em um estágio da doença em que os ossos já estão comprometidos.  É importante fazer periodicamente exames de rotina, como sangue, eletrocardiograma, teste ergométrico e também o exame de Densitometria de Corpo Total, que além de detectar o grau de Osteoporose, é também capaz de determinar a composição corpórea de gorduras, minerais e músculos por região corporal.
Nosso corpo precisa de movimento. Realizar atividade física, alimentação adequada para nutrir o organismo e tomar sol regularmente, ajuda a absorver o cálcio nos ossos e melhorar a densidade óssea. Lembrem-se, prevenir é o melhor caminho.